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Bem Vindo

terça-feira, 14 de março de 2017

Footing
- O footing era uma das principais atividades de lazer em Florianópolis nas décadas de 1940 a 1960.

A Praça XV de Novembro já foi o centro da vida social da Capital, lugar onde as pessoas trocavam olhares, se conheciam e flertavam.

Por ROBERTA ÁVILA
Casa da Memória

Entre as décadas de 1940 e 60, o Footing era uma atividade social de Florianópolis. Na Praça XV de Novembro, as moças colocavam seu vestido bonito e ficavam caminhando, enquanto os homens, parados, olhavam.

Dar uma caminhada em Florianópolis hoje é sinônimo dos calçadões da Beira-Mar Norte e Continental. Dar uma voltinha é coisa para se fazer no shopping center, no centrinho da Lagoa ou na praia. 

Mas o centro da vida social de Florianópolis já foi a Praça XV de Novembro, onde muita gente ia passear no fim de tarde, acompanhar a saída das moças dos colégios ou das missas, ou só aproveitar o movimento para trocar olhares, quem sabe um sorriso.

Era o chamado Footing, o hábito se popularizou nas cidades brasileiras nas primeiras duas décadas do século XX e marcou a memória dos moradores da Grande Florianópolis entre os anos 1940 e 60.
Era a época da Confeitaria Chiquinho, Livraria Xavier, do Bar Rosa e do Bar Miramar. 

Era uma época bem diferente para as mulheres. Ser secretária era moderno e sonho de muita jovem. 
Jornais como “O Estado” e “A Gazeta” publicavam anúncios pedindo mais e mais bordadeiras para a Fábrica Kotzias, as colunas sociais falavam de bailes de debutantes e casamentos e noticiavam o surgimento do terninho para moças, opção apenas para viagens e eventos esportivos, claro.

“Nessa época, o Footing era um dos passatempos na cidade, assim como a sessão das moças, que oferecia desconto no preço e sempre lotava no Cine Ritz. O rádio também era uma fonte de entretenimento”, conta Ricardo Medeiros, jornalista e autor do livro “No Tempo da Sessão das Moças”, sobre o lazer em Florianópolis na década de 60.

Atividade Classista
O passeio em volta da Praça XV e da Rua Felipe Schmidt era uma atividade prazerosa para o fim de tarde, principalmente aos finais de semana. Momento de conhecer e se fazer conhecido, e até, quem sabe, de arranjar um namorado.

“As mocinhas colocavam seu vestido mais bonito, classe A, e ficavam andando para lá e para cá enquanto os rapazes ficavam na calçada olhando”, conta Eglê Malheiros, escritora de 83 anos, que não gostava de frequentar o footing porque o considerava muito classista.

“O pessoal da alta sociedade ficava separado e com o tempo as pessoas queriam ir para o local da alta sociedade, que daí mudava de lugar. Então o Footing era um jogo social muito forte, envolvia uma crueldade que ninguém considerava na época e muita gente não frequentava. Eu mesma não tinha paciência para ficar ali de conversinha, vendo que mocinha que estava com o vestido repetido da semana passada ou quem fez ou quê, mas muitos namoros começavam ali”, relembra Dona Eglê, que conheceu o escritor Salim Miguel, com quem é casada até hoje, nas atividades do partido comunista em Florianópolis, em 1945.

Apesar da divisão social, muita gente fez do Footing um hobby. Saturnina Angélica dos Santos, conhecida como Dona Nem, hoje com 79 anos, se lembra de participar do footing nas décadas de 40 e 50 e acredita que todo mundo sabia da divisão da praça.

“A gente ia para a missa e depois ia passear. Ficávamos andando em pares, sempre com uma amiga. O lado da figueira era dos negros e o lado do Palácio Cruz e Souza era dos brancos. Eu que era mais morena, ficava para o lado de lá. Todo mundo sabia que era assim”, acredita.

Engenheiro aposentado e artista plástico, Átila Ramos, 69, lembra que havia uma divisão econômica também.

“O Footing tinha duas camadas: o dos ricos, na praça 15, perto do Palácio, e num trecho da Felipe Schmidt; e o dos pobres, dentro da praça e no lado de baixo da figueira, que aí era dos marinheiros, empregadas domésticas”, explica.

Em frente ao Palácio

Átila Ramos afirma ter passado sua juventude sentado em frente ao Palácio Cruz e Sousa para ver as meninas que saíam dos colégios e das missas passarem na praça 15. Rolava aquela paquerinha quando as moças passavam para lá e para cá, davam uma voltinha e passavam de novo.

“Tudo girava em torno da praça 15. Não tinha shopping, nem cinema em outros lugares, a gente ficava ali até 8, 10 horas da noite”, conta o artista plástico. Na memória de Átila também ficaram gravadas as domingueiras do Clube dos Democratas, com orquestra tocando, e muita festinha americana: os rapazes levavam bebida, as moças salgadinhos, ligavam uma radiola e passavam um domingo juntos.

“Não tinha TV em Florianópolis, ninguém tinha carro, era tudo a pé e de ônibus”, relembra.
A namoradinha de Átila na época era Iara Pedrosa. Ele a seguia pelas ruas do centro quando ela passava com as amigas do colégio.

“Eu ia atrás, ficava olhando, puxava conversa... Era muito ingênuo, muito romântico, quase uma brincadeira. Foi uma época muito boa: surgiram os Beatles, a bossa nova, Roberto e Erasmo Carlos, Wanderléa, houve uma efervescência musical muito grande”, acredita.

Passaram-se 40 anos e há quatro ou cinco anos ele e Iara se reencontraram, retomaram o contato e continuam amigos.

Para ele, o Footing terminou depois da construção do Shopping Beiramar e do fechamento dos cinemas de rua.

“Esse romantismo acabou. Não apenas por causa dos lugares, mas também por causa da criminalidade mesmo. Eu já fui assaltado saindo de um café aqui no centro de noite, indo para minha casa na General Bittencourt. Ficou impossível passear de noite no centro. Dá até medo. Não tem uma atração, não tem nada, só tem gente te pedindo dinheiro, cigarro, aí se você não dá xingam, agridem”, relata.

Mesmo com a divisão social do Footing, dona Nem guarda boas lembranças daqueles anos. Foi na praça que conheceu seu grande amor, que depois a abandonou, mas que deixou uma filha.

 Do lado de lá da Figueira

Dona Nem participava do footing na década de 50. Como morava no continente, vinha para o centro da cidade para ir à missa na Catedral Metropolitana de Florianópolis.

“Depois ia todo mundo no Miramar tomar café para depois ir pegar o ônibus”, conta dona Nem. Foi ali na Praça XV que ela conheceu o pai de sua filha, Berna.

“O Valmir ficava sentado no banco da praça olhando. Eu ai para lá com uma amiga muito engraçada, a Silvia, e ela dizia “aquele ali tá gostando de ti”. Eu nem ligava e ele lá olhando, todo domingo. Um dia ele veio conversar comigo, perguntou onde eu morava, se podia me levar em casa. 

E a gente foi conversando, mas eu fiquei com tanta vergonha que puxava minha amiga para a gente ir embora – e fomos”, conta dona Nem, que na época tinha 17 ou 18 anos.

Todo domingo ela procurava por Valmir na praça, até que um dia se reencontraram. Começaram a conversar sempre e amiga de Dona Nem dizia que ela estava namorando.

“Um dia ele mesmo me falou “ah, você sabe que a gente está namorando, né? E foi assim. Mas você sabe como é marinheiro, né? Cada hora num porto”, conta dona Nem.  Enquanto namoravam, ela ficou grávida de Berna. Logo depois de dar à luz, a Marinha convocou Valmir para ir ao Rio de Janeiro, de onde ele partiu para uma longa viagem.

“Ele ficou um tempão viajando e quando voltou acabou se casando com outra moça. Soube que ele morreu com 35 anos de um ataque cardíaco” conta a aposentada, que criou sua filha sozinha, trabalhando como doméstica. 
“Ele foi legal comigo, não me arrependo de nada. Minha filha é maravilhosa, a gente se dá muito bem”. 

O cronista social Zury Machado acompanhou muitas moças da sociedade ao Footing. Lembra das mulheres elegantes que se vestiam como para um desfile de moda.

Mulheres Bonitas e Luxo

Primeiro cronista social da cidade, Zury Machado acompanhou de perto essa época. Ele começou no jornal “A Gazeta” e depois passou para “O Estado”, onde permaneceu por 50 anos, se aposentando em 2006. Conta que Florianópolis sempre teve mulheres bonitas, que estavam sempre em sua coluna. Muitas eram suas amigas.

Foi uma época maravilhosa. 

A gente ia na sessão das moças, no Cine Ritz, às 18h30. Era chiquérrimo ir na sessão das moças! Depois a gente ia passear na Praça 15 ou na Felipe Schmidt. As pessoas eram caprichosas, não tinha isso de vestido curto e decote”, lembra Zury, que participou do Footing com famílias como a Daux.

 “Acompanhei tanto Tereza Daux, que foi Miss Florianópolis, quanto com a filha dela, Luciana, que hoje é colunista do ND, e que conheço desde criança. Tereza era uma mulher lindíssima. Por onde ela passava só dava ela”, afirma.

Zury esteve envolvido na criação de muitos dos eventos sociais que passaram a fazer parte da história de Florianópolis, como o Baile Branco de Debutantes. Participar do evento era o sonho de muito menina da sociedade florianopolitana e motivo de muito orgulho para a família. 

O ex-colunista também elegia as 10 mulheres mais elegantes de Santa Catarina. Ele cita a beleza e elegância de Hercília Catharina da Luz, filha do então governador do Estado, Hercílio Luz. Lembra também de Norma e Vanda Mussi, mulheres muito chics. 

Zury estava tão envolvido com a moda que participou da criação do primeiro desfile da cidade com a estilista Olga Mafra. Mulher da alta sociedade, ela foi dona da primeira boutique de luxo de Florianópolis, o Bazar de Modas, que abriu em 1940. Nada mais justo, já que a cidade já praticava os desfiles de moda toda semana com o footing.

A Praca e a Rua

O passeio em volta da Praça XV e da Rua Felipe Schmidt era uma atividade prazerosa para o fim de tarde, principalmente aos finais de semana.


Momento de conhecer e se fazer conhecido, e até, quem sabe, de arranjar um namorado

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Lembranças

Para Saber, ou Não.

Saber e Lembrar.

Em 1937, Ary Pereira Oliveira, nascido em 06/12/1914, foi Desembargador e Presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina no período de 01/03/1976 a 01/03/1978.
Sendo Ele o primeiro presidente do Tribunal que se formou na Faculdade de Direito de Santa Catarina, que hoje faz parte hoje da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ele um dos dezoitos alunos formados na Primeira turma que aquela faculdade em 1937.

Em 20 de fevereiro de 1948, 09h00min, procedeu-se ao assentamento da pedra fundamental do Monumento Comemorativo ao Centenário da Imigração Açoriana em Santa Catarina, que foi levantado, no jardim Oliveira Belo em frente a Prefeitura municipal. Depois de vários discursos, como o do prefeito Adalberto Tolentino de Carvalho e do deputado e professor Dr Osvaldo Rodrigues Cabral.
Leu-se a ata da comemoração.
No enceramento colocou-se em uma caixa metálica, esta ata, com outros documentos concernentes a comemoração, com o jornal do dia e algumas moedas em curso.
A caixa foi devidamente fechada, pelo Prefeito Municipal e sob aplausos da assistência, colocaram na fundação do Monumento.

De 1947 à 1951, governou o estado de Santa Catarina Aderbal Ramos da Silva.
Foi o único Governador a nascer no Palácio Rosado, quando seu avô (Vidal Ramos) era o governador.

Artista Bitencourt, Manoel da Silveira Bitencourt, era apenas um simples sapateiro, mas um homem de Grande valor.

Em 1848, era obrigatório usar alguma substância gordurosa nos eixos das carroças para evitar o chiamento (barulho).

Em 1857, era expressamente proibido tomar banho de mar, principalmente as mulheres.

Da encosta do Boa Vista (Menino Deus) descia um córrego. Talvez tenha sido este o retratado na tela de KRUSENSTERN em 1803.

Em 1831, um boato alarmou a capital, pois diziam que as torres da igreja São Francisco, na atual Rua Trajano, estavam por ruir.

O Forte Santa Bárbara e o quartel do Campo do Manejo já serviram para tudo, desde Hospital até Salão de Baile.

Os lazaretos daqui na ilha foi no Forte São Francisco (praia de fora) Ilha dos Guarás (baia norte), Forte Santo Antônio (ratão grande) sendo este o mais usado

Em 23 de novembro de 1853, surge o primeiro livro editado na cidade de Desterro “MEMÓRIA HISTÓRICA DO EXTINTO REGIMENTO DE INFANTARIA DE LINHA DA PROVINCIA DE SANTA CATARINA”, do major Manoel Joaquim de Almeida Coelho.

A esposa do Governador Francisco de Souza Menezes, Dona Caetana, era uma amante da música. E para sua casa convergiam os cantadores de modinha.
Dizem até que os soldados Amaral e Saraiva eram assíduos freqüentadores do Palácio. Tanto é que quando o governador Souza de Menezes deixou o governo, presenteou os dois soldados com um sitio na lagoa da conceição.

Em 31 de Maio de 1854, foi criada a Biblioteca Pública através da Lei 373, sendo seu primeiro diretor Francisco de Paula Marques.

O Regimento Barriga-Verde passou mais tempo defendendo o solo Rio Grandense (Gaúcho) que o solo de sua terra natal.

Em 1791, o primeiro brasileiro nato a governar a Província de Santa Catarina (atual estado), foi o coronel Manoel Soares Coimbra.

Em 1839, o Forte São Luiz e o Forte São Francisco foram vendidos em Leilão público pela quantia de 202$000 réis, este valor não pagava nem as “CANTARIAS” dos seus portões.

O primeiro efetivo de nossa Polícia Militar contava com apenas 52 homens.

O Padre Paiva escreveu esta quadra para o Poeta do Brejo

"Que lá no Ribeirão, Gulosa Abelha
Da taverna os copinhos namorava
Puxando, Mandrião, da sota a orelha?
Não conheces? Pois é de Costa Brava
Filho do Bicho, Genro do Savelha
Que de tal Pai, tal filho se espera"

As "mulheres" ou companheiras de Padres tinham a crendice de origem medieval de que quando morriam virariam MULA-SEM-CABEÇA.

O ouvidor de Paranaguá ANTONIO ALVES LANHA PEIXOTO esqueceu de rubricar o livro de Criação da Vila de Nossa Senhora do Desterro, achamos que tinha muita pressa em sair daqui da ilha.

Em 1786, era exportado da ilha de Santa Catarina “Anis” (O anis ou erva-doce (Pimpinella anisum) é uma planta da família das Apiaceae, anteriormente chamadas Umbelliferae. A sua fruta em forma de semente é usada em confeitaria e em licor (como anisete, zammù, uzo). A fruta consiste em dois pistilos unidos e tem um sabor aromático forte e um odor poderoso. A semente de anis também é usada em alguns caris e pratos com frutos do mar, contra mau hálito e como ajudante digestivo).

O quartel do Campo do Manejo custou aos cofres públicos a bagatela de 600$000 réis.

O primeiro Ouvidor da Província que nasceu aqui na ilha foi LUIZ CARLOS MUNIZ BARRETO de família pouco abastada. Doutorou-se em Magistratura no Colégio dos Nobres em Lisboa.

Em 1845, o Imperador Dom Pedro II esteve na ilha, também visitou as Vilas de São José e as Caldas do Cubatão

Em 09, 10 e 11 de março de 1838, um grande Pampeiro (tempestade) causou grande estrago na ilha e no continente fronteiriço. O governo Imperial mandou repartir 40$000 réis entre os habitantes. Aqui na ilha só chegaram 20$000 réis e a população nada recebeu.

No palácio Cruz e Souza existem 2 estátuas em sua fachada MERCÚRIO (Deus do Comercio) e ANFITRITE sintetizando o gosto pelo mar.

Por volta de 1900, existia aqui na Ilha:

1 Fundição de Pontas de Carl Hoepcke & Cia
2 Fabrica de Peixe em lata
3 Fábrica de Cerveja
1 Fábrica de Sabão e Vela
1 Fábrica de Massas Alimentícias
1 Engenho a Vapor

A pedra grande (agronômica), por sua situação longínqua, já tem aspecto de freguesia.

Em 16 de novembro de 1780, morreu Dona Joana de Gusmão aos 90 anos.

Existia uma rua que ia até Detrás dos Morros (Trindade) pelo Morro do Pau da Bandeira.

O antropólogo Português Coutinho andou pelo Brasil estudando os KJÖKKENMÖDDINGS (restos de Cozinha).

Em 1815, em Viena (Áustria), a Inglaterra ainda não satisfeita de reclamar para si a ilhas da Madeira, também queria a Ilha da Santa Catarina, no sul do Brasil.

O Morro do Padre Doutor (lagoa da conceição) tem 450 m.

A denominação de Ingleses (Praia) possivelmente vem de:

"Uma barca desta Nacionalidade que aí varou, com uma lestada (vento leste), em fim 1799. Essa embarcação, segundo dizem, viera tocada e com água aberta do mar alto e encalhou na praia em frente a ilhota Mata-Fome"

Em 22 de outubro de 1790, faleceu Dona Clara Manço casada com Francisco Antônio Branco, filha do Sargento-Mor Manoel Manço Avelar, morava em Santo Antônio de Lisboa e viveu 100 anos. Dizem que ainda existem nesta localidade alguns parentes desta senhora.

O Itacorubi fica entre a ponta do Sambaqui e a Ponta do Recife (extremo norte da ilha).
Nele deságuam 3 rios:
- Rio do Manoel Antônio,
- Rio do Bornelas,
- Rio do Lessa ou do Amorim, cuja a nascente é no morro do Padre Doutor,
(Nota: - Atualmente só existe 2 destes rios)

Em 1717, Sebastião da Veiga Cabral requereu a doação da Ilha de Santa Catarina, por ser ela “DESERTA e INABITADA”.

No governo de Pereira Pinto, tomou conta da Ouvidoria o primeiro FILHO DA TERRA, Dr. Luiz Carlos Muniz Barreto formado em Coimbra (Portugal).

João Vieira Tovar mandou edificar um hospital com quartos de Banho nas Caldas do Cubatão (atual Caldas da Imperatriz).

Quando D. Pedro I abdicou e deixou o Brasil surgiu esta quadrinha

"Seguiu viagem p'ra Europa
o nosso Pedro 'penaca'
deixando todo o Brasil
sem uma única Pataca"

Em 11 de agosto de 1831, foi distribuído o primeiro jornal da Província o “O CATHARINENSE”, presidido por Jerônimo Coelho. Tinha o formato 0,19 X 0,30.

Que nos tempos da Revolução Farroupilha cantavam estas quadrinhas:

"Garibaldi foi a missa
a cavalo sem espora
o cavalo tropicou
Garibaldi pulou fora"

"A mulher de Garibaldi
foi a missa sem balão
Garibaldi quando soube
quis morrer de paixão"

"Os farrapos já diziam
que Laguna era sua
vieram os caramurus
botaram eles p'ra rua"

A ilha das vinhas (frente ao José Mendes) era um depósito de combustível, mas antes disso o Senhor José Mendes plantou muita uva por lá.

Além das Fortalezas existentes atualmente o Marechal Cândido Caldas afirma que existiram os seguintes fortes:

Forte do Ribeirão - Ribeirão da ilha
Forte da Lagoa - Lagoa da Conceição
Forte Marechal Moura - Ponta dos Naufragados
Forte da Ponta do José Mendes - Ponta do José Mendes
Forte da Ponta do Rapa - Ponta do Rapa
Forte São Luiz - Praia de Fora
Forte São Francisco Xavier - Praia de fora
Forte São João - Continente(em frente ao Forte Sant'ana)
Forte São Caetano - Ponta Grossa

Existia na ponta do Leal um depósito de combustível com 3 grandes latões, o Texaco. Sempre vinham navios petroleiros descarregar.

O primeiro hotel do Estreito foi o Hotel Neves que ao lado tinha uma cocheira para guardar os cavalos dos hóspedes, ao lado do Cine Glória.

Em 1831, os botequins e as biroscas não abriam aos, para os homens não encherem a cara e fazer baderna nas ruas da cidade. domingos e dias santificados

Um suicídio singular foi do escravo do Sr Nicolau Izeto. Estava com o crânio desfeito por uma explosão, sem que existisse por perto qualquer arma de fogo. Sendo provável que o negro tenha enchido a boca de pólvora e tenha ateado fogo.

Uma mulher reclamou através de ofício ao governador que seu marido, ausente da ilha, vivia em concubinato com 2 escravas, donde tinha vários filhos. O governador mandou buscar o marido de volta e o obrigou a viver com a esposa.

Em Santo Antônio de Lisboa nasceu, entre outros o Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, que foi um dos representantes do Brasil na corte de Lisboa.

Entre a Ponta do Rita Maria e do Estreito existe uma praia de 200 metros de extensão.

Em 1836, o Barão de Tefé escreveu as cartas hidrográficas das baías do Desterro.

Em 1746, foi erguida a Capela da Armação da Piedade, quando ali foi fundada a armação grande, por concessão a Tomé Gomes Moreira e mais 7 negociantes da praça de Lisboa (Portugal).

A Freguesia de Viamão (hoje RS) pertencia ao Distrito de Laguna (SC).

No governo de Souza de Menezes, diziam as más línguas que quem governava a capitania era o desembargador José Mascarenhas Pacheco Pereira de Melo, preso incomunicável em Anhatomirim.

Por esse tempo apareceu na Vila do Desterro um suposto peregrino, idoso, falando por alegorias, vindo de Cananéias. Atribuído de mandrião, Silva Paes mandou-o trabalhar nas obras de fortificações, algum tempo depois, em uma manhã, foi encontrado morto, com os joelhos em terra e as mãos levantadas para o céu.

Tocando na Ilha uma embarcação que levava numerários para o Rio Grande , o brigadeiro Silva Paes obrigou o condutor, mediante recibo a entregar o dinheiro e recolhe-o a provedoria. Pagou desse modo todo o nosso pessoal. O governador do Rio de Janeiro mandou o dinheiro novamente para o Rio Grande alegando naufrágio nas costas de Santa Catarina da primeira leva.

O primeiro moço a se apresentar como Voluntário da Pátria , para combater no Paraguai, foi Fernando Gomes Caldeira de Andrade.

Em 1880, a Assembléia Legislativa tratou da mudança da capital para o interior da Província na Vila de Lages.

Por decreto do Marechal Deodoro da Fonseca, o Segundo Tenente Lauro
Severiano Müller é o primeiro governador do estado de Santa Catarina.

De 1793 a 1814, o Regimento Barriga Verde foi fardado e calçado as suas próprias custas.

Os restos mortais do governador Hercílio Pedro da Luz, encontram-se junto a sua estatua no obelisco na cabeceira da ponte Hercílio Luz.

Com a morte de sua esposa, o governador Hercílio Pedro da Luz casou-se com sua cunhada (irmã de sua esposa). Ela era 26 anos mais nova que ele, o mesmo era padrinho de batismo dela.

O casarão que hoje é conhecido como o Santa Catarina Country Club foi a magnífica residência da família dos Carvalhos.

Em 31 de julho de 1893, na madrugada, no Palácio Cruz e Souza, numa tentativa de tomada do palácio morreram 3 pessoas, foi a única vez que morreu alguém no palácio por conflito.
Os mortos foram:- os civis Manoel Berlink da Silva e João Fonseca Povoa e o soldado da Força Publica José Gomes.

Em 1894, o coronel Luiz Gomes Caldeira de Andrade foi fuzilado na Fortaleza de Anhatomirim, por ordem do coronel Moreira César.
O coronel Luiz Gomes Caldeira de Andrade estava prestes a atingir o generalato. Era o primeiro na lista de promoções. O segundo nesta mesma lista era o coronel Moreira César.

A trinca da Folias de Reis era composta de RABECA, VIOLÃO, TAMBOR.

Em 1890, foi inaugurada a Praça da Praia de Fora (atual Praça Esteves Junior).

Em 1880, existia na capital:

08 praças,
47 ruas,
04 travessas,
08 becos,
08 igrejas ou capelas,
02 cemitérios (público outro luterano).

Em 06 de junho de 1949, um avião C47-Douglas da Força Aérea Brasileira, sob o comando do primeiro tenente Aviador Carlos Augusto de Freitas Lima, levantou vôo do Aeroporto Hercílio Luz e minutos depois chocou-se contra o Morro do Cambirela, matando 26 pessoas e até hoje ainda existe no local restos desta aeronave.

Em 10 de outubro de 1831, criou-se a Força Municipal, que se extinguiu em 05 de maio de 1835 quando foi criada a Força Pública.

Em 1819, a Marinha Mercante, que a principio era com barcos a vela, contou seu “primeiro barco à vapor”.

Onde hoje é quartel do Exército "Brigadeiro Silva Paes”, na Rua Almirante Lamego, foi uma antiga chácara do Sr. Edmundo da Luz Costa, mas em 1876, pertenceu a A. Carlos Ebel, depois veio a pertencer ao Sr. Molenda , em 1962 quando a Universidade Federal de Santa Catarina comprou este imóvel para ali formar a primeira reitoria da UFSC, o imóvel pertencia a Meta Hoepcke filha de Carlos Hoepcke.

O Miramar nasceu provavelmente na Prainha que ficava em frente a atual Praça XV de Novembro. Depois quando foi feito o embarcadouro foi feito no correr da rua do Palácio. Este foi demolido em 24 de março de 1899.
E foi reconstruído agora em frente a Praça XV que viveu até que em 28 de setembro de 1928. Neste ano foi inaugurado o prédio que foi demolido dia 24 de outubro de 1974.






sábado, 6 de julho de 2013

Saudade do Roda

O Roda (ou A Roda) Bar
Funcionava na escadaria da Rua Trajano


O Roda Bar, localizado na Rua Trajano (esse era seu nome, por causa das muitas rodas de carroça que tinha no interior e na entrada) servia um “casadinho de camarão” sem igual e a melhor “batida de maracujá” da cidade. Entre os desconsolados habitués do boteco que desaparecia estavam o engenheiro e pintor Átila Ramos, o jornalista Oscar Berendt, o funcionário público Celso Nunes e o empresário Silvio d’Aláscio.
Segundo o professor Remy Fontana:

"O Roda Bar era realmente uma confluência, tremendo agito (...) ele era mais jovem, se bebia muito pesado ali, boteco de encher a cara mesmo"

Momento de inquietações, o período posterior ao golpe militar de 1964 e com a montagem do aparato da ditadura militar, trouxe uma grande agonia política, mas também existencial. Essas agonias se refletem na relação com o álcool, a diversão e a conversa.
Então, o Roda Bar era mais festar e beber. Era papo, muito papo.

- Mas havia um inquietação cultural, política. Já estávamos em plena ditadura militar, em um momento bem pesado, 1968, 1969, 1970. O Roda era um ponto de desafogo, de encontros de amigos.
O jornalista Jeferson Lima, a partir de informações colhidas junto ao artista plástico Átila Ramos, escreveu em um artigo:

O Roda ficava na Escadaria do Rosário, era administrado por um casal de idosos que fazia questão de manter o silêncio quando o ânimo dos habitués eram demasiadamente alterados pelo álcool.

O Roda era frequentado por Átila Ramos na década de 1960, na época estudante de engenharia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em mais de uma ocasião, depois de beber 'algumas', o acadêmico esqueceu ali a sua pasta escolar.
Por sua vez, Celso Martins, acrescenta outras informações, a partir de suas memórias:

O Roda Bar ficava na rua Trajano, nos fundos da antiga secretaria da Fazenda e onde funciona a PMF (a área é usada para estacionamento), mais ou menos na frente da Real Color. O espaço era maior e a frequência mais diversificada - entre por volta de 1973/74 e 1976-77, período em que o Centro histórico se esvazia com a transferência de quase tudo para as imediações da Beira-Mar (os cinemas fecham, os bares também). Os estudantes que fizeram a Novembrada, quase todos, se reuniam ali.

Gerônimo Wanderley Machado, aborda Q Roda Bar por um viés duplo: - primeiro como morador da cidade e segundo como liderança estudantil:

Mas nós que eramos da cidade, eramos mais conhecidos né? Volta e meia, claro, a polícia sabia quem éramos nós, é claro que nós também íamos no Roda Bar. Muita gente ia né? E sobretudo porque tinha nossos aliados, os nossos amigos, que eram bebedores contumazes e que eram de bar (...) Se tu pegar, por exemplo, o Costa Ramos, o Bonzon, o Galloti, e vários outros que eu não tô lembrando. As pessoas que eram da cidade, iam as lideranças umas e outras nos bares, que saiam mais na rua; porque havia estudantes, lideranças, digamos assim e que não eram da cidade que também não conheciam muito bem, não eram muito bem enturmados, fora da sua turma de esquerda.

O Roda Bar surge aqui como um pedaço onde ocorria uma congregação dos estudantes da cidade. Era ali que se ia para tomar uma cerveja ou a famosa batida de maracujá, encontrar os amigos, bater um papo com os colegas, preparar-se para alguma festa. Em uma rápida entrada nesse bar:

Um ou dois lances de escadas e se deixava a calçada para entrar no O Roda Bar.

No fundo, num plano mais alto, o balcão, com bancos. As mesas eram dispostas nas laterais, com cinco ou seis fileiras de cada lado. Havia garçom. Cerveja, pinga com 'undenberg', caipira; linguincinha frita, batata frita.


Era frequentado pelos moradores da cidade – como a grande maioria dos bares existentes aqui – mas nele era permitido o acesso de estranhos, aqueles que não faziam parte das redes familiares presentes então, desde que estivessem associados a alguém conhecido.
Também nele, antes da radicalização política de 1968, ano em que a ditadura militar exacerbou seus meios repressivos, ocorriam alguns encontros das lideranças estudantis que, para descontrair um pouco, desciam do DCE, na Álvaro de Carvalho, pela Tenente Silveira, entrando na Trajano, e articulavam uma coisa ou outra no Roda. Mas mesmo com a repressão aos espaços de conteúdo público por parte do regime militar e do silenciamento político.

Percebemos – pela colocação de Celso Martins sobre a Novembrada – grande manifestação estudantil ocorrida em 1979, contrária à visita do então Presidente General João Figueiredo – que O Roda se manteve ao longo da década de 1970, como ponto referencial das esquerdas. Funcionava como uma espécie de segunda ou terceira casa para vários desses estudantes, sendo muitas vezes o lugar onde se ia para encontrar amigos que normalmente não seriam encontrados em casa em determinados momentos do dia ou da noite. Este espaço pode ser sem dúvida, referido como um "pedaço" de certa cultura urbana que viceja em Florianópolis.

Ao lado do Roda Bar, existia uma filial da Churrascaria Riosulense, frequentada por figurões da cidade. Nela dificilmente entraria um dos frequentadores do Roda Bar ou vice-versa. Havia, portanto, uma proximidade física desses espaços, mas elementos simbólicos distintos, construiram segregações geracionais e culturais, refletindo em acirradas disputas pelos espaços de lazer na cidade.
Afinal, os grupos sociais conservadores também mantinham seus bares em lugares demarcados. Significava, em todo caso, uma demarcação de diferenças em relação às camadas populares e às novas gerações de estudantes de classe média.


Mas esses espaços se cruzavam constantemente. Muitas vezes um ao lado do outro, era comum o encontro de políticos, estudantes, boêmios, entre outros, pelas ruas da cidade quando esses se dirigiam aos seus espaços.

  “O fim foi aos poucos, porque a Celesc cortou a energia os clientes frequentavam o local sob a luz de lampiões e obrigou os donos a sair comprando água e cerveja na redondeza para não frustrar os clientes”.
 Carlos Dutra e dona Iraci, os proprietários, sempre tiveram cuidado com a ordem e a disciplina, e eram admirados pela freguesia. No final, eles fizeram questão que todos levassem para casa as rodas e os lampiões como souvenires.
Quando já não havia outra saída a não ser fechar o Roda Bar, seus proprietários e os frequentadores mais assíduos decidiam prestar uma homenagem ao estabelecimento. Fizeram discursos emocionados e até os mais discretos e retraídos caíram no choro com o fim melancólico.
No final, os proprietários fizeram questão que todos levassem para casa as rodas e os lampiões como souvenires.



sexta-feira, 5 de julho de 2013

Réplicas da Ponte

Réplicas da Ponte Hercílio Luz


A beleza da Ponte Hercílio Luz foi reproduzida em três réplicas ao longo da história, duas em ouro e uma em madeira. As histórias dessas miniaturas são cheias de polêmicas e curiosidades, assim como a história da própria ponte.

- A primeira, em madeira, tinha 18 metros, e foi feita só para que o governador Hercílio Luz pudesse fazer a inauguração simbólica, já que devido à sua saúde comprometida, dificilmente sobreviveria para ver a ponte verdadeira pronta.

- A segunda réplica é uma jóia em ouro de 33 centímetros, que em 20 anos só foi exposta duas vezes.
A obra fica trancada em um cofre.

- A terceira miniatura foi feita pelo mesmo ourives, Juan Alves, como forma de protesto, para que a réplica possa ser exposta para visitação dos catarinenses e turistas.

Só para o governador
A primeira réplica da Ponte Hercílio Luz foi feita antes mesmo de sua inauguração.
E foi a única ponte que o idealizador da obra, governador Hercílio Luz, viu antes de sua morte. Foi construída exclusivamente para que ele realizasse a inauguração simbólica, já que pelo seu estado de saúde, havia o risco dele não estar vivo para presenciar a inauguração.

Em madeira, com extensão de 18 metros, ela foi colocada entre o Miramar e a Praça XV, no Centro da Capital. O governador atravessou apoiado em uma bengala, já muito doente, naquele que foi seu último ato público, em 8 de outubro de 1924. Após 12 dias, morreu devido ao câncer.


A ponte de 5 mil toneladas de aço, que começou a ser construída em setembro de 1922, estava com as torres erguidas e iniciava o processo inovador de montagem do vão pênsil.

No dia 13 de maio de 1926, a chamada “colosso de aço” foi inaugurada para suportar trens, veículos, pedestres e uma tubulação de água. Já a miniatura em madeira foi demolida após a inauguração e o único registro fotográfico que se tem conhecimento está no livro Hercílio Luz

Poucos Viram a Jóia da Coroa
Ela é uma espécie de “jóia da coroa”. 
Em 20 anos, só foi exposta duas vezes, tamanha o seu  valor de uma réplica da Ponte Hercílio Luz em ouro, com acabamento em prata e sobre uma base de pedra ágata, sobreposta a uma estrutura de madeira cedro. A obra, que pertence ao governo do Estado, está guardada em um prédio público da Capital, dentro de um cofre de segurança.

Em 1989, o ourives argentino Juan Alves reproduziu a ponte em 33 centímetros, com 127 gramas de ouro 18 quilates e 106 gramas de prata 950. 

A primeira vez que os catarinenses tiveram a oportunidade de conhecê-la foi em 1991, quando chegou ao Palácio Cruz e Sousa, em Florianópolis. Foi apenas um dia de visitação e a réplica foi guardada.

A partir daí, ninguém mais soube onde estava. Teve gente duvidando que ela existia ou que havia sumido. O próprio ourives Juan Alves diz que foi até o Palácio, mas não teve informações.

– A peça foi feita por mim. Por isso, tenho direito de ver. Mas, mesmo assim, nunca vi a minha obra exposta.

Neste ano, a “jóia” reapareceu em público na comemoração do centenário da casa de campo do governador Hercílio Luz, em Rancho Queimado. A réplica, porém, só foi observada por políticos e familiares. Segundo o presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Joceli de Souza, para o deslocamento da peça da Capital até o local foram necessárias duas viaturas do Batalhão de Operação Especiais e segurança especial na casa de campo.

Souza disse que a peça nunca foi avaliada, mas o valor histórico é incalculável. Por enquanto, a peça deve continuar “escondida”, pois não há aparato de segurança para permitir a visitação.

– É preciso colocar detector de metal na entrada da sala, segurança 24 horas e mobiliário blindado.
A proposta dele é reestruturar o Palácio Cruz e Sousa para colocar a réplica para visitação do público.

A original

A cópia fiel

Foi a vontade de ver a réplica da Ponte Hercílio Luz exposta ao público que fez o ourives Juan Alves, 57 anos, autor da primeira miniatura, criar outra peça idêntica. 

Foram mais de 514 horas de trabalho para transformar 127 gramas de ouro 18 quilates em uma obra de arte. Alves é argentino, mas já vive na Capital há 22 anos. 

Ele tem uma admiração especial pela Ponte Hercílio Luz e ficou decepcionado com o fato da sua criação ficar longe dos olhos do público e também dos dele.

– A peça é minha e tenho que pedir para ver. Fiz a segunda réplica só de birra.
A ponte é nossa identidade.

Paris tem a Torre Eiffel.
O Rio de Janeiro, o Cristo Redentor.
E Santa Catarina, a Hercílio Luz.

Em 2009, um aluno de seu curso de jóias, diante da frustração do professor de não ver sua obra exposta aos catarinenses, ofereceu a matéria-prima para fazer a réplica.

Ele é o proprietário da Moulin Rouge Joalheria, localizada em um shopping da Capital. 
O custo da matéria-prima – que levou além do ouro, 106 gramas de prata 950, pedra ágata e a madeira nobre – foi de R$ 14 mil, sendo R$ 7 mil só de ouro.

– Quero vender a peça para alguém que tenha vontade de colocá-la para visitação. Não precisa de um esquema de segurança, porque se derreter a peça para vender o ouro, não terá tanto valor. O custo dela é histórico. É uma obra de arte – defende.

Nota:
- Ele tentou vender a peça para a Câmara dos Vereadores de Florianópolis e a Assembléia Legislativa, mas por causa da burocracia, não conseguiu apresentar a obra para a direção dos órgãos.

– Nem que me ofereçam R$ 100 mil, eu não faria outra. É uma obra cara e trabalhosa. Dizem que a Ponte Hercílio Luz pode cair. Daqui a pouco, só vai ter a minha réplica para lembrar.

Alves vai realizar seu sonho e expor a peça no aniversário da Ponte Hercílio Luz, no dia 13 de maio, na joalheria. Além disso, o artista gostaria de ver a sua inspiração aberta para o trânsito de veículos de passeios e fluxo de pedestres.

Fonte:
Publicado em Ponte Hercílio Luz por Daniel, biólogo em 08 de maio de 2011


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Modais Viários - Em Montagem


Terminais de Ônibus de Florianópolis

1902

1905

1930

1933

1940

1980

Cais Rita Maria
- Junto ao Cais Rita Maria, antes da construção da ponte Hercílio Luz, para ir ou voltar do continente era necessário embarcar no vapor e navios para fazer o traslado, na chagada nos dois lados outros veículos faziam o transporte para deslocamento das pessoas, século XIX e início do XX.

Cais Miramar e Praça Fernando Machado
- Foi o primeiro local utilizado como terminal urbano para bondes (puxados por mulas), ônibus e os carros a cavalos, na primeira metade do século XX.

Terminal do Largo dos Fagundes
- Terminal urbano na atual Praça Pio XII.

Terminal Urbano do Palácio do Governo
- Para as linhas intermunicipais, dos municípios de Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Rancho Queimado e Angelina, ao lado do antigo Palácio do Governo.

Terminal Urbano Cidade de Florianópolis
- Terminal utilizado para as linhas municipais de Florianópolis, Sul, Leste, Oeste da Ilha, e Sul e Norte dos bairros do Continente.
Atualmente é utilizado para algumas linhas de São José, Biguaçú, e todas as linhas de Santo Amaro da Imperatriz.

Terminal Urbano do Mercado
- Terminal utilizado para as linhas do Norte da Ilha, município de São José e Palhoça.

Terminal Urbano provisório
- No estacionamento do terminal Rita Maria, durante a reforma na década de 1990 do Terminal Mercado.

Terminal Urbano junto ao Parque do Aterro
- Terminal utilizado para as linhas dos municípios de São José e Biguaçú.

Terminal TICEN
- Terminal Integrado Centro, construído em (...) dentro do sistema integrado de transporte, localizado no parque do aterro, ao lado do Terminal Rita Maria.
Os Terminais de Ônibus são padronizados, bilhetagem eletrônica, sem tarifa única, com toda a estrutura de apoio e serviços, proporcionando conforto e qualidade aos passageiros. O sistema integrado não funciona totalmente como idealizado e existem estações de transbordo desativadas.
Atualmente é utilizado por todas as linhas municipais de Florianópolis e algumas linhas intermunicipais de São José, Biguaçú, Palhoça.

Terminais Integrados nos Bairros:
- Saco dos Limões – Sul da Ilha
- Rio Tavares – Sul da Ilha
- Lagoa da Conceição – Leste da Ilha
- Canasvieiras – Norte da Ilha
- Santo Antonio – Norte da Ilha
- Trindade – Oeste da Ilha
- Capoeiras – Sul do Continente
- Jardim Atlântico – Norte do Continente

Transporte Executivo

Farofinhas
Antigo nome dos lotações diferenciados, feito por micro ônibus durante as temporadas de verão em Florianópolis, eram autorizados para as praias da Ilha, estes micros em rotas estabelecidas pela Secretaria de Transportes para dar apoio ao sistema de transporte coletivo deficitário da década de 1990, os farofinhas foram substituídos pelos Amarelinhos, a tarifa era superior a do ônibus.

Amarelinhos
As lotações, chamados de Amarelinhos (transporte executivo diferenciado), que fazem rotas distribuídas por bairros e praias de Florianópolis (na Ilha e Continente), tem terminais distribuídos em calçadas do Centro de Florianópolis, as mesmas empresas de transporte coletivo fazem o transporte executivo, tem tarifa diferenciada proporcional a tarifa do coletivo comum.

Empresas de Ônibus

Municipais:
Canasvieiras – Atende linhas dos bairros e praias do Norte da Ilha.
Emflotur – Atende linhas dos bairros do Norte Continental.
Insular – Atende linhas dos bairros e praias do Sul da Ilha.
Limoense – antiga empresa que fazia as linhas – Saco dos Limões, Caieiras, Aeroporto, vendida para a Ribeironense.
Ribeironense – antiga empresa que fazia as linhas do Sul da Ilha e a linha Abraão do Continente, vendida para a Insular.
Trindadense – Atende as linhas dos bairros e praias do Centro e Leste da Ilha.

Empresa de Ônibus Mista (atende linhas municipais e intermunicipais):
Estrela – Atende as linhas dos bairros do Sul e Oeste do Continente, e o Sul do município de São José.

Intermunicipais:
Biguaçú – Atende as linhas do norte do município de São José e do município de Biguaçú, do município de Antonio Carlos e do município de Governador Celso Ramos.
Imperatriz – Atende as linhas do município de Santo Amaro da Imperatriz e do município de Rancho Queimado.
Jotur – Atende as linhas do município de Palhoça e do Sul do município de São José.
Paulo Lopes – Atende as linhas das praias do Sul do município de Palhoça e dos municípios de Paulo Lopes e Garopaba.
Santa Terezinha – Atende linhas do Oeste do município de São José e do município de São Pedro de Alcântara.

Mobiliário Urbano

Abrigos de Ônibus
Na administração da Prefeita Ângela Amin, os abrigos para pedestres houve uma padronização que não existia, e todos os pontos de parada receberam um abrigo coberto, em modelo padrão, com banco e fechamento lateral por motivo dos ventos fortes que eventualmente circulam pela cidade, verão quente, inverno frio.

Traslado

Os carros de alugueis
Onde estão todos aqueles carros de passeio a cavalo da Praça Fernando Machado.

Carros de Alugueis
Antigos coches puxados por cavalos que saiam da Praça Fernando Machado.

Táxis
Os Táxis de Florianópolis eram todos na cor branca, na administração da Prefeita Ângela Amin, os táxis continuaram brancos, mas com uma faixa quadriculada azul e branca e uma faixa lisa vermelha, cores do município.
Foram criados pontos padronizados, fixos especiais cobertos e fechados com bancos.

Intermunicipal e Estadual

Rodoviária de Florianópolis
Antiga estação, na Avenida Hercílio Luz com Avenida Mauro Ramos.

Terminal Rodoviário Rita Maria